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A PRIMEIRA VEZ QUE FIZ SEXO A TRÊS (OU TALVEZ A DOIS E MEIO SÓ)

Foto do escritor: VanVan

Atualizado: 15 de mai. de 2020


Um dos primeiros caras que conheci por aplicativo foi um dj de 40 e poucos anos, gringo morando no Brasil há 8 anos, namorando uma mulher bem mais nova que ele. Vamos chamá-lo de Jean.


Fui com Jean numa balada numa 4ª-feira de setembro de 2019. A gente ficou e, apesar de eu estar super a fim de transar, ele já tinha me falado que tinha um relacionamento aberto com a namorada, Íris, mas que ele tinha que avisá-la, antes de acontecer, que ia ficar com uma outra mulher, o que ele não tinha feito naquela noite. Achei estranho, mas respeitei. Então só nos beijamos. E, nem me lembro como, o assunto de que eu ficaria com mulheres e faria um ménage surgiu. Ele contou que Íris beijava às vezes outras mulheres e que ela “deixava as outras fazerem coisas com ela”. Na hora eu não entendi muito bem o que isso queria dizer, mas depois fez sentido.


Nos dias seguintes rolou uma trama complexa para ele poder convencer a namorada de que deveríamos nos encontrar os 3 e, quem sabe, rolar um ménage. Tive que fingir que encontrei ele no Instagram usando apenas minhas habilidades de internet (que na real são bem limitadas), tive que mandar mensagem falsa... nem eu sei porque acabei fazendo tudo isso... provavelmente é coisa de quem tem muito tesão acumulado para desafogar.

No fim, a encenação toda deu certo e no sábado à noite fui encontrar com eles num restaurante perto da av. Paulista. Eles chamavam aquele lugar de bar, mas era um restaurante. Vazio, aliás! Só tinha a nossa mesa na calçada e nós éramos os únicos clientes.


Logo percebi que Íris não era meu tipo... muito nova, jeito de ser cabeça oca e nem achei ela bonita, nem atraente. Ela tinha um corpo legal, mas não me senti atraída. Quando ela foi ao banheiro, Jean me perguntou se eu toparia o ménage, porque a namorada toparia. Eu disse que não estava a fim dela, que se fosse só ele eu iria, mas achava que não ia dar certo nós 3. Ele insistiu e disse que a Íris queria. “Deixa ela ficar um pouco mais louca, você vai ver”, foram as palavras dele. Eu acabei cedendo, óbvio.


Depois de um tempinho, pegamos um Uber e fomos para o apartamento dele. Que ele divide com um cara super jovem e uma mulher, também jovem, lésbica. Estavam todos em casa. Ficamos conversando na sala, bebendo mais, fumamos maconha e daqui a pouco Jean me puxa para o quarto. Só eu. Ele queria me dar uma bala. Fiquei um pouco em dúvida, mas ele dividiu a bala, disse que eu não ia ficar muito louca porque era só um pedacinho e aí eu tomei (minha primeira e única vez).


Daqui a pouco estávamos os 3 no quarto, pelados. E Jean tinha baixado, no celular, um jogo chamado Verdade ou Desafio. E esse foi nosso quebra-gelo. O desafio sempre era algo sexual para uma pessoa fazer com a outra ou os três juntos. Você coloca os nomes de quem está jogando e o app faz a seleção: Íris você tem que chupar o pau do Jean por 2 min, por exemplo. Ficamos brincando com isso até a coisa ficar mais fluida e estarmos os três nos pegando. Na verdade, não teve muita ação entre mim e a Íris. Ação até teve - a gente se beijou, lembro até que chupei ela um pouco em determinado momento. Mas ela não estava molhada! Coisa mais esquisita... Ela não estava a fim de mim e nem eu dela, essa era a real.


Lembro bem da hora em que Jean estava me chupando e eu gozei. Ela estava junto, acho que pegando nos meus seios. Acho que até esse momento foi quando mais tivemos interação.


Lembro também que ele colocou a camisinha para me foder, mas aí brochou. Disse que não gostava de camisinha e não conseguia usar. Ele trepou com a Íris (com ela ele não usa camisinha) na minha frente e, se não fosse ele falando para ela “você gozou, né?” e ela murmurando que sim, eu nunca teria dito, como expectadora, que ela tinha gozado.

Praticamente não teve expressão corporal nenhuma! Nem costas arqueando, nem gemido mais alto ou mais intenso, nem rosto se contorcendo. Não sei se era efeito das drogas (que ela tinha usado de monte), não sei se era o jeito dela mesmo... Na verdade, eu espero que ela sinta muito mais do que ela expressa, porque foi muito chato de assistir! Estou julgando o orgasmo alheio? Estou julgando! Estou dizendo que as mulheres têm que ser performáticas? De jeito nenhum! Talvez cada um - seja homem ou mulher - tenha um jeito particular de gozar, mas, na hora do ménage, gozar daquele jeito, pra quem está assistindo definitivamente não é tesão nenhum.


A noite foi cheia de pausas. Jean entrou e saiu do quarto umas centenas de vezes (provavelmente efeito das drogas). Numa dessas vezes, ele demorou mais e eu estava deitada bem ao lado da Íris, ela já estava com o celular na mão, olhando Instagram, mas falou alguma coisa comigo. Confesso que não lembro o que foi (provavelmente também efeito das drogas), mas fiquei com a lembrança da sensação de que ela estava sendo simpática. Zero tensão sexual entre nós duas... estávamos apenas esperando o Jean voltar.


Numa outra pausa, Jean foi ao banheiro da suíte e Íris foi atrás. Eu, da cama, podia ouvir praticamente toda a conversa deles. E o mais interessante foi a Íris dizendo para o Jean que ele tinha que tentar colocar a camisinha de novo pra trepar comigo. Parecia minha advogada, requisitando um direito meu. Antes, na cama, ela já tinha falado uma ou duas vezes para ele me comer. Era porque ela queria ver a gente transar e isso ia deixá-la excitada? Não! Se fosse isso, ótimo. Mas não era... Mais pro final da noite, Jean conseguiu colocar a camisinha e continuar de pica dura. Íris estava deitada no mesmo lugar já fazia um tempo, no Instagram. Jean deitou do lado dela (bem perto mesmo, quase encostando) e eu sentei nele. A gente transando ali, quase em cima dela, e ela não tirou os olhos do celular. Quer dizer, não fiquei olhando pra ela (eu estava obviamente ocupada com outra coisa, mas minha visão periférica é muito boa, diga-se de passagem), mas ela definitivamente não interagiu e não demonstrou nenhum interesse!


Ou seja, a razão para ela insistir para ele me comer realmente é um mistério. Nem eu, que era a interessada, estava fazendo tanta questão. E, na hora em que rolou, ela ficou no celular. Vai entender...


Eu fiquei achando que ela só topou o ménage porque ele queria. Ele havia me contado que eles só tinham feito uma vez antes, há muito tempo. Eu fiquei sem entender nada, mas acho que esta hipótese é a mais plausível. Lembro de, logo no começo, nós duas termos chupado o pau dele e ela ter dito “Gostou, amor? Realizou seu desejo?”.


Quando era umas 5h30, achei que estava na hora de ir embora. E Jean foi super fofo, desceu comigo para me ver pegando o Uber e tudo. Mas ele também disse que achava que Íris não ia querer que ele me visse de novo. Dito e feito... Não nos vimos mais, mal trocamos mensagens depois disso.


E essa foi a história do meu primeiro ménage. Decepcionante? Mais ou menos... mas só de lembrar o quanto isso foi ousado perto da minha vida de 2 meses antes, eu me sinto grata (e um pouco orgulhosa de mim mesma). Recomendo ménage? Siiiim! Tive uma outra experiência a 3 não tão excitante no Réveillon (conto AQUI), mas fiz um ménage incrível com meu PA, que vai ser conteúdo para outro texto.

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© 2019 por Solteira aos quase 40

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