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Sexo depois do happy hour

Foto do escritor: VanVan

Atualizado: 6 de jan.

Conheci o Alan num happy hour num dia de semana em São Paulo, era amigo de um amigo meu. Fiquei interessada assim que o vi. Alto, carioca, sorriso safadinho, mora no interior.

Durante o happy hour, achei que ele podia estar a fim de mim também, mas não tinha 100% de certeza, porque ele podia ser daqueles caras que meio xavecam todo mundo como hábito, não como interesse genuíno.


No fim do hh, ele propôs irmos para uma balada e concordei que ainda era cedo para terminar a noite, mesmo sendo dia de semana. Então fomos para uma balada de sertanejo. Hoje já não frequento esse tipo de lugar, porque acho que todo mundo quer ser igual a todo mundo, ou seja, não tem espaço para diversidade. Mas eu nunca tinha ido e aquela noite foi sensacional.


Bebida rolando, música alta, ambiente escuro, em algum momento, depois de continuar no clima de flerte, a gente se beijou. E gostamos do beijo. Mas a noite ficou por isso mesmo. Já era muito tarde, eu tinha que acordar cedo e meu senso de obrigação foi maior - por bem pouco - do que a vontade de dar pro Alan. E assim fui embora só com a memória do beijão gostoso, que deixou vontade de quero mais.


Passadas umas semanas, rolou um outro happy hour e ele apareceu. Fiquei animadinha, achando que poderia ser a chance de ir pros finalmentes e poder provar aquele corpo. A gente não queria se pegar na frente de todo mundo, mas ele já tinha falado umas coisinhas no pé do meu ouvido que tinham deixado claro que ele queria continuar a outra noite. Uma hora a gente conseguiu ir para um canto e ficar a sós. Aí a pegação esquentou. Percebendo que eu queria muito transar com ele, Alan sugeriu da gente ir pra minha casa. Decidi acatar a sugestão, esperando que o sexo seria tão gostoso quanto o beijo.


Começamos na sala, sentados no sofá. Ou melhor, ele sentado no sofá e eu na rola dele. Eu estava achando gostoso, gemendo do jeito que normalmente faço. E reparei que não vinha nenhum som da parte dele. Acho que ele falou uns "goxtosa" uma vez ou outra, mas, fora isso, nem a respiração se alterou. Achei meio esquisito, mas o que é que se diz numa hora dessas? Fiquei na minha, concentrada nas sensações do meu corpo.


Fomos pra cama. Deitados de lado, ele me penetrando por trás e estimulando meu clitóris com o dedo. Como ele era alto, era fácil alcançar minha vulva com os braços longos dele, mesmo nessa posição. E assim eu gozei, mais de uma vez. Fazendo os sons que costumo ter vontade de fazer. E da parte dele, nada ainda.


Como eu já tinha gozado algumas vezes e estava achando aquele silêncio dele estranho, falei que já estava bem, que ele podia focar no orgasmo dele. Que foi o que ele fez. Em alguns minutos, ainda na mesma posição, ele gozou. E como eu estava de costas para ele, além da contração muscular, a única coisa que pude perceber foi tipo um suspiro leve.

Tentei não julgar, afinal, cada um é cada um. Tinha sido uma experiência nova para mim, mais uma história para contar. E, justiça seja feita, a foda não tinha sido ruim, foi gostosa, só achei que, para mim, perdeu-se um pouco de conexão pela ausência de feedback sonoro dele.


O que eu não tinha me dado conta era de que, como ele morava em outra cidade e tinha perdido a carona para poder ir transar comigo, ele não tinha como voltar às 3h da madrugada. Teria que dormir no meu apartamento para esperar amanhecer e pegar um ônibus. Não curto essas coisas, prefiro ir na casa do cara, porque, assim, quando a gente termina eu posso facilmente ir para minha casa dormir sozinha. Mas eu não tinha o que fazer, não podia deixar o cara no olho da rua no meio da madrugada. 


Estabelecido que ele ia dormir lá, ele deitou e em 5s capotou. Eu não adormeci tão fácil e, em poucos minutos, tive que testemunhar um ronco ensurdecedor! Eu fiquei puta! Tive que deixar o cara dormir na minha cama e não ia conseguir dormir por causa do ronco dele. O mesmo cara que na hora do vuco-vuco parecia uma múmia. Por que ele não usou esse potencial sonoro durante a trepada? Eu teria adorado, teria sido muito mais legal se ele não parecesse mudo enquanto me comia. E agora, que era para ser silencioso, me faz essa sinfonia...


Depois de ficar um tempinho zanzando pelo apartamento, com raiva, fiquei cansada o suficiente para deitar e conseguir dormir um pouco, mesmo com a motosserra do meu lado. Logo cedo acordamos, ele tomou seu rumo e não o vi mais.


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