Agosto de 2019, umas duas semanas depois de ter me separado. Eu ia num show com um amigo e ele me deu o bolo. Ofereci o ingresso pra uma galera, mas ninguém topou. Decidi ir sozinha mesmo, porque eu adoro sertanejo, não preciso de ninguém para fazer as coisas que quero e o pior que podia acontecer era eu não falar com ninguém a noite toda e só curtir as músicas mesmo, ou seja, nada de realmente ruim. Apesar de que o show era tipo um festival, com várias bandas/cantores e muita, MUITA, gente assistindo. Então era bem provável que o clima seria de beijação indiscriminada.
Cheguei atrasada, perdi os primeiros shows, mas escolhi um lugar para parar que achei que estava legal e minha teoria estava certa. Não demorou e um menino chegou em mim (menino mesmo, beeem mais novo que eu. Aliás, isso acontece quando eu saio, eu pego os novinhos... talvez material para outro texto). Ficamos de conversinha mole e beijamos. Logo ele vazou, para o bem de ambos. Ele foi super fofinho, mas não ia rolar nada mais.
Daqui a pouco um outro cara, musculoso, mais a minha idade, me viu e parou para falar comigo. Logo beijamos e o beijo era bom! Ele estava com um amigo bem novinho, que queria ficar rodando e tentando beijar as meninas (tentando, porque ele era mega nerd e não estava tendo muito sucesso). Então foi muito engraçado porque o amigo ficava insistindo para eles seguirem andando, mas o cara (vamos chamá-lo de Pedro) tinha gostado do meu beijo e não queria me largar. No fim, ficamos os 3 o resto da noite juntos, amiguinhos, como se eu tivesse ido ao show com eles. E foi bem divertido, porque o menino era engraçado, a relação dele com o Pedro era engraçada, eles foram ótimas companhias.
No quesito pegação, eu beijava o Pedro e minha calcinha foi ficando encharcada... tanto que eu queria era ir para algum canto mais escurinho para resolver esse tesão gigantesco. Eu estava prestes a sugerir isso quando o Pedro decidiu que deveríamos ir embora (minha ppk gritou “aleluia!!”). Os 3 juntos, porque ele não podia deixar o amigo novinho para trás. E eu fui com eles com o pretexto de irmos comer, mas eu sabia que eu ia era dar pro cara. Ele chamou um Uber, a corrida demorou uma eternidade, porque primeiro deixamos o amigo, depois fomos para casa dele, um apezinho na Zona Norte. Chegando lá, ele até ofereceu uma pizza que ele tinha na geladeira, mas não demorou muito e estávamos tirando a roupa.
Pedro é personal trainer. Corpo super malhado. Eu nunca tinha ficado com ninguém sarado assim. Como eu casei com meu namorado do colégio, todos os outros caras que eu tinha pegado (leia-se “beijado”, porque foi só isso mesmo) na vida eram “franguinhos”, adolescentes que mal tinham voz de homem. Então eu e aquele corpitcho todo trabalhado na malhação (e esteróides, muito provavelmente) nos enroscamos no sofá 2 vezes seguidas. Eu ia embora, mas ele ficou insistindo para eu ficar. Acabei cedendo e capotamos na cama dele. Quando eu acordei, algumas horas depois, era umas 6h da manhã. Ele acabou acordando também enquanto eu tentava pegar minha roupa, aí acabamos dando outra antes de eu efetivamente ir embora.
Enquanto eu esperava o Uber na portaria do condomínio, eu me sentia orgulhosa de mim mesma! Mandei mensagens no grupo das minhas amigas, porque eu não conseguia me conter de alegria, eu precisava compartilhar. Naquele momento eu sentia que poderia dominar o mundo.
Eu tinha receio de que a primeira vez que fosse transar com outro homem depois de 22 anos com o mesmo (sim, uma vida inteira!) ia ser super estranha. Que eu não ia saber o que fazer, que talvez eu ficasse com vergonha de ficar pelada em frente a um homem que eu nunca tinha visto antes na vida... Mas não! Eu estava com tanta fome de viver, com tanto tesão acumulado, que nenhum dos meus medos se realizou. Rolou tudo de forma bem natural. Foi muito tranquilo mostrar meu corpo para ele, eu fui para casa de um desconhecido e fiquei tão à vontade que até gozar eu gozei! Antes, eu me sentia quase como uma virgem, porque minha experiência era só com o pinto do meu ex. Mas aprendi que sexo, para ser legal, não tem a ver com experiências diversas. É sobre estar no momento, sobre curtir estar com a outra pessoa e curtir seu próprio prazer.
Foi uma trepada que não se repetiu, mas foi inesquecível. Muito grata por tudo ter acontecido como aconteceu nessa noite.
E imaginar que eu poderia ter desistido de ir ao show porque ninguém quis ir comigo...
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